sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Queiramos Todos Mudar!

…Esperemos que não se Sintam Felizes com a Nossa Desgraça…. (Apesar de tudo Vou Acreditar Nisso)…E Queiramos Todos Mudar!

Terá chegado, ou estará para chegar, definitivamente, a notícia de que, tal como os outros, estaremos, em Portugal, a viver em recessãoÉ possível que, alguns, à Direita e à Esquerda, se sintam felizes com esta noticia – em especial aqueles que, odiando-se, odeiam tudo e todos a ponto de entenderem que somente a Infelicidade dos Outros lhes traz felicidade
Tal não será de qualquer forma uma atitude progressiva, muito menos revolucionária। A inevitabilidade de Marx, sobre a irreversibilidade do desaparecimento do capitalismo, não era por ele vista com alegria, mas sim com objectividade científica। Se não fosse assim ele não entenderia a necessidade da revolta que nada traria de novo à dita irreversibilidade.
O alegrarmo-nos com as “crises do capitalismo” não só não é saudável, como não é moralmente ético, nem traz nada de novo no processo de irreversibilidade do desaparecimento do mesmo.
Pelo contrário.
As denominadas “crises cíclicas” são processos inerentes ao Mercado e à sua adaptação a inovações, (ou falta de…) tecnológicas, de mercado, de gestão, quase como que, segundo alguns economistas, “purgas intestinais do sistema”, e em caso algum podem ser consideradas razões de felicidade.
Porque a larga maioria de nós sofreremos com tal, com a redução do mercado que elas impõem, com a redução da capacidade de distribuição da riqueza que originam, com a miséria, fome, e infelicidade inútil que geram.
Deus não é castigador e não nos quer infelizes.
Pensava também que um autêntico revolucionário também não tem como objectivo a infelicidade.
Portanto, nem a Direita nem a Esquerda se deveria satisfazer com o surgimento da “Recessão”, pelo contrário, deveríamos, todos, buscar todos os meios de a impedir ou, no mínimo, de a limitar.
Aproveitando inclusive as Oportunidades que ela traz.
Como?
Existirão empresas que estão obsoletas. Por razões tecnológicas, por razões de gestão, por razões de Mercado.
Certo.
Então à medida que as mesmas encerrem, deveríamos criar condições para que os “tempos de paragem” impostos às Pessoas afectadas, fossem utilizados com a sua Qualificação, com a Reciclagem dos seus Saberes, com a Aprendizagem de novas Técnicas, novas formas organizacionais de abordagem das empresas.
Dir-me-ão, é o que o governo está a fazer com o POPH, com os apoios da União Europeia enfim, que permite a Qualificação, escolar e profissional, e é verdade.
Responderei e a nossa própria capacidade de Investimento nas Pessoas?
Na verdade, porque não acrescentar ao Investimento vindo da UE, Investimento de todos nós, e não somente o que pode vir do “Estado”, via Segurança Social?
Poderiam as Associações Empresariais ser as gestoras de fundos para a qualificação de empresários e trabalhadores, em cada sector, fundos esses resultantes de pequenas ofertam para esses fundos, vindas de todos nós.
Utópico?
Sim se nos entendermos somente como concorrentes, adversários, inimigos quase.
Concretizável?
Sim se nos entendermos enquanto Parceiros numa economia solidária.
Alguns dirão – o capitalismo não o permite – ele é por inerência, explorador, destrutivo.
Outros dirão – a avareza, a ganância não o permitem – estas são as características dominantes em nós.
Para ambos os casos direi que não é verdade. Nem a avareza, nem a ganância são as características dominantes no ser humano, nem o capitalismo, por querer o lucro se entende somente e estupidamente explorador e destrutivo.
O capitalismo, por inerentemente desejar gerar mais riqueza, gerido com clarividência, prefere limitar os impactos das crises que lhe são inerentes.
Sentimentos como a solidariedade, o bem-estar, inerentes que são ao ser humano, pelo seu lado, podem conduzir-nos à necessidade de fazermos o Bem aos Outros.
Podemos pois superar a Recessão limitando as suas consequências e saindo, todos, a ganhar com ela, como podemos simplesmente deixar andar e, pelo menos durante algum tempo, perdermos todos com a crise, sabendo-se ainda por cima que muitos perderão demasiado.
Está pois na nossa mão desenharmos o caminho que queremos, todos nós os residentes em Portugal, seguir.
Lamento, mas teimo em considerar que as inevitabilidades dos processos passam sobretudo por nós.
Chama-se a tal – o Livre Arbítrio!
E se Deus nos deu esta Oportunidade, a de termos o Livre Arbítrio, a Bíblia teima que sim, na sua sabedoria de mais de 2000 anos, porque não utilizá-lo positivamente?
Isto é, considerando o Bem de Todos?
Joffre Justino

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